sexta-feira, 20 de maio de 2011

As Ciências

Ciências Sociais Aplicadas

O homem e o espaço, infinitas possibilidades

Necessidades e conseqüências da vida na sociedade são tarefas prioritárias para quem pretende trilhar pelo caminho das Ciências Sociais Aplicadas.

Maria Fernanda Cinini

Uma simples palavra, um gesto isolado ou um amontoado de números só ganham sentido se, por trás deles, estiver o desejo humano de modificar e interagir com o meio social. Ações que para alguns são realizadas de forma natural, como um simples hábito cotidiano, tornam-se, para outros, preciosas matérias-primas de trabalho e pesquisa. E com mais de 180 milhões de brasileiros se relacionando a todo momento para transformar e (re)criar o espaço, campo para estudos é o que não falta na área de conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas.

Seja no ramo da economia, habitação, informação ou cultura, o interesse do homem é a base presente nas ementas dos currículos dos 14 cursos dessa área. Isso explica porque graduações aparentemente bem distantes, como Comunicação Social, Ciências Contábeis e Arquitetura, por exemplo, dividem o mesmo espaço dentro das Ciências Sociais Aplicadas. “Hoje, a Arquitetura se encaixa nessa área porque consegue resolver os problemas da sociedade relacionados à organização do espaço físico”, explica o coordenador do curso da UFMG Flávio de Lemos Carsalade.

Já os contabilistas se “preocupam com os números utilizados no cotidiano das pessoas”, completa o coordenador do curso de Ciências Contábeis, Geová José Madeira. Dessa forma, as questões sociais estão sempre em primeiro lugar e, por isso, desvendar as necessidades e conseqüências da vida na sociedade são tarefas prioritárias para quem pretende trilhar esse caminho de infinitas possibilidades.

Como um grande organismo vivo, as cidades não param de crescer e demandar novas sugestões e soluções para seus habitantes; por isso, a UFMG oferece novos cursos para atender necessidades da sociedade. Surgem, então, Arquivologia, Gestão Pública e Ciência do Estado e Governança Social.


Direito ou "profisão"

Direito e Deveres


Como os conflitos entre pessoas e até mesmo entre empresas sempre existem, é sempre bom ter e poder consultar um advogado, já que é ele que mediará os conflitos, na base de um julgamento.
O profissional precisa ter um bom senso crítico, capacidade de argumentação e comunicação para poder ser um excelente profissional.
No decorrer do seu curso, que tem duração de 5 anos, o profissional poderá partir para 2 áreas: a advocacia e a carreira jurídica.
Na advocacia, o profissional poderá trabalhar na arbitragem internacional, no direito civil, no direito administrativo, no direito ambiental, no direito comercial, no direito digital, no direito do consumidor, no direito contratual, no direito da propriedade intelectual, no direito penal ou criminal, no direito trabalhista e previdenciário e no direito tributário. Na carreira jurídica, o profissional poderá trabalhar com advocacia pública, na delegacia de polícia, na magistratura e no ministério público.

Salário Médio Inicial: R$ 1200,00

Melhores Universidades: UnB, UFMG, Unesp, USP, UFPR, UFSC 


A Geografia





O Desenolvimento da Geografia

Uma forte vocação humanista permeia toda a história da geografia, colocando o conteúdo científico que lhe é peculiar a serviço de maior justiça e reconhecimento para os povos. Essa conjunção de conhecimentos exatos e preocupação social fazem da carreira uma atividade intelectual por excelência, e abre diferentes perspectivas para o profissional colocá-la em prática.

O tradicional trabalho de lecionar para o ensino fundamental, médio e superior, ainda continua sendo o principal espaço para o profissional da geografia. Mas o geógrafo pode atuar também em empresas de pesquisas estatísticas ou em projetos de desenvolvimento urbano ou rural. Tudo depende da especialização que o estudante escolher. As opções incluem ainda a pesquisa sobre organização política e econômica das sociedades e, claro, a confecção de mapas, atividade que está intimamente ligada à própria palavra geografia.

Por ter sempre em perspectiva o homem e sua relação com o ambiente, a geografia traz em seu cerne uma chama questionadora. Tem sido assim desde o início, e encontra prova nas figuras que contribuíram para a organização dessa disciplina. Basta lembrar que um dos fundadores dessa ciência, o alemão Alexander von Humboldt, ao cruzar o Novo Mundo para mapeá-lo, no início do século 19, atraiu para si manifestações tão diferentes quanto esclarecedoras.

Simon Bolívar, herói da independência da América espanhola, afirmou que a contribuição de Humboldt à defesa da cultura pré-colombiana da região era inestimável. Por outro lado, a coroa portuguesa o proibiu de caminhar pela Amazônia brasileira, num gesto que, para Sérgio Buarque de Holanda, deixava claro o medo causado aos colonizadores pelas novas e consistentes idéias. Tudo porque, ao mesmo tempo em que estudava as feições do terreno, nascentes de rios, clima, vegetação e animais, Humboldt também documentava a arqueologia e a etnografia locais, traçando um painel histórico e social da região.

Os bons cursos superiores de geografia preservam esse espírito, com a bem-vinda ajuda das novas tecnologias. Abarcando as três áreas básicas, as escolas oferecem aulas de geografia geral, física e ciências humanas. Com o avançar do curso, o estudante parte para atividades de cartografia, climatologia, sensoriamento remoto, geologia, análises superficiais e trabalho de campo, para a descoberta de bacias hidrográficas e estudos ambientais. Quem quiser optar pelo magistério, é preciso fazer licenciatura. Para ser professor em faculdades, a pós-graduação é indispensável. A duração do período universitário é de, em média, quatro anos.

Depoimento de quem faz

A geografia apresentada na faculdade é bastante diferente daquela aprendida no colégio. Aqui estudamos antropologia, filosofia, correntes econômicas e filosóficas, e muitas outras disciplinas. O campo de atuação do geógrafo não se restringe a dar aulas, como muita gente pensa. Também podemos trabalhar com consultoria, estudando, por exemplo, o impacto ambiental de uma determinada obra. " Gleice Donini de Souza, 20 anos, aluna do 4° ano da USP