terça-feira, 24 de abril de 2012

Os 13 melhores cursos de Química do Brasil

Você tem curiosidade em relação às propriedades físico-químicas das substâncias e curte mexer com reações químicas em laboratório? Então provavelmente está pensando em fazer o curso de Química, certo? Entre as atribuições desse profissional estão a elaboração de projetos de instalações industriais e a manutenção de equipamentos, além da pesquisa e criação de novos materiais, controle e supervisão da produção e aplicação de testes de qualidade.



Graças a fatores como o crescimento econômico do país e a descoberta do pré-sal, os investimentos na indústria química brasileira devem chegar 167 bilhões de dólares até 2020, criando mais de 2 milhões de empregos, de acordo com um estudo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
A versatilidade desse profissional também garante uma boa oferta de vagas. Ele pode atuar em diversos tipos de indústria, como a de alimentos, farmacêutica, petroquímica, agroindustrial e da moda, ou, ainda, trabalhar na busca de soluções para suavizar as mudanças climáticas. A área ambiental é a que apresenta as melhores expectativas, mas existe a possibilidade de trabalhar em empresas que prestam serviços para grandes indústrias ou até mesmo como autônomo. Para quem deseja se dedicar ao ensino, a demanda também é grande. Como há escassez de profissionais para dar aulas em escolas de Ensino Fundamental e Médio, há outros licenciados, como biólogos e engenheiros, ocupando essas vagas.



A duração média do curso é de quatro anos e há muitas opções de bacharelado em todo o país. Todos têm formação generalista nas quatro grandes áreas da química – orgânica, inorgânica, analítica e físico-química -, com aulas teóricas e em laboratório. A primeira metade do curso é composta de disciplinas básicas: química orgânica e inorgânica, física, cálculo e matemática. A partir do terceiro ano, opta-se entre química pura e industrial. O estágio é obrigatório. Fique de olho: algumas faculdades oferecem habilitação em química industrial ou tecnológica, enquanto outras oferecem essa habilitação voltada para um setor específico, como alimentos, petróleo ou têxtil.


Nome da Faculdade Estrelas
Universidade de Brasília (UnB) ★★★★★
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ★★★★★
Universidade Federal do Paraná (UFPR) ★★★★★
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) ★★★★★
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ★★★★★
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ★★★★★
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ★★★★★
Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Araraquara ★★★★★
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ★★★★★
Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto ★★★★★
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ★★★★★
Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos ★★★★★
Universidade de São Paulo (USP), campus São Paulo ★★★★★
* lista em organizada por estado e ordem alfabética
*Dados do GUIA DO ESTUDANTE Profissões Vestibular 2012. Confira a edição completa nas bancas de todo o Brasil.
Para saber sobre outros cursos e faculdades, acesse Profissões e Universidades, no site do GUIA.
Confira mais dicas de onde estudar Química
- Conheça os 34 tipos de Engenharia que existem
- Cinco dicas para decorar famílias e elementos da tabela periódica
- As dez profissões que mais trazem felicidade
- Quatro tabelas periódicas divertidas para você estudar química
- Você sabe quais são os principais elementos químicos presentes no cotidiano?

 

domingo, 25 de março de 2012

Saiba como a tabela periódica foi preenchida ao longo dos séculos

Mendeleev deixou lacunas para descobertas feitas depois de seu trabalho.

Tabela Periódica (Foto: Iupac )Tabela periódica mostra os elementos descobertos ao longo dos séculos (Reprodução: Iupac )

Dentre os diversos cientistas que contribuíram no século 19 para a classificação periódica dos elementos da química inorgânica, o trabalho do russo Dmitri Mendeleev pode ser considerado um dos mais relevantes. Conhecido como o pai da tabela periódica, o químico fez o levantamento de todas as informações conhecidas sobre os elementos descobertos até meados de 1860 e os organizou em ordem crescente de peso atômico. Ele anotava os dados em cartões e os fixava na parede de seu laboratório. À medida que notava semelhança entre os elementos, modificava suas posições. Nascia, assim, a primeira tabela que apresentava os elementos disponibilizados em linhas horizontais.

Segundo a tabela periódica disponibilizada pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (International Union of Pure and Applied Chemistry - Iupac), órgão que regula os padrões e nomenclaturas adotados por químicos do mundo inteiro, até o ano de 1800, 38 diferentes tipos de elementos haviam sido descobertos, incluindo hidrogênio, ferro, alumínio, flúor e cálcio.

No período entre 1800 e 1849, 22 elementos foram descobertos, dentre eles o potássio, sódio, iodo, selênio e bromo. Entre 1850 e 1899, outros 23 elementos, como o helio, o césio, o neônio e o gálio passaram a fazer parte da tabela periódica. De 1900 a 1949, 13 novos elementos foram descobertos, incluindo frâncio, radônio e astato. Nos últimos 50 anos do século passado, foram descobertos 15 elementos, como rutherf, berquélio e califórnio, totalizando 111 na tabela periódica.

Segundo a professora Adriana Vitorino Rossi, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a partir do século 17 houve um boom nos estudos da química, que passou a ser encarada como ciência, diferente da alquimia. “Os cientistas passaram a ordenar e classificar as coisas. Nesse ponto de vista, a tabela periódica de Mendeleev tem genialidade, já que o químico notou que havia uma lógica de ordenação e classificação dos elementos”, lembra.

A professora destaca também que ao criar a tabela periódica, Mendeleev deixou algumas lacunas em aberto justamente para que os novos elementos a serem descobertos pudessem ser encaixados nela. “Foi tudo baseado na periodicidade, indicando que haveria novos elementos que preencheriam essas lacunas. Entretanto, existiram outros fatores que Mendeleev não previu e cuja existência não considerava, como os gases nobres. Nesse caso, era muito difícil identificá-los, pois eles não reagem com nada. A maior parte dos gases nobres foi identificada no começo do século 20”, explica a química.

E se um novo elemento for descoberto nos dias de hoje? Como ele passa a ser inserido na tabela periódica? De acordo com a professora, esse seria um tipo de situação bem rara atualmente, pois é pouco provável que existam elementos naturais com números atômicos mais altos que os já registrados e os que venham a ser sintetizados em laboratórios podem ser muito instáveis. “É importante deixar claro que isso não acontece com tanta frequência. O trabalho necessário para caracterizar um novo elemento sintético, com o seu posterior reconhecimento, é muito complicado e pode demorar para que os dados sejam oficialmente aceitos pela Iupac, já que deve haver concordância entre os cientistas”, destaca Adriana.


 

Mendeleev e sua tabela periódica marcaram a história da ciência

Com personalidade forte, o cientista russo que organizou os primeiros elementos da tabela sempre foi o primeiro aluno da turma.

Você já deve ter ouvido falar da tabela periódica. Aquele quadro em que os elementos químicos estão organizados de acordo com suas propriedades. O cientista criador dessa tabela, que a fez imaginando que todos os elementos existentes na natureza seguiam uma ordem, foi Dmitri Mendeleev.

Globo Ciência: Mendeleev (Foto: Foto: Reprodução de TV)Dmitri Mendeleev (Foto: Reprodução de TV)
Dmitri Mendeleev nasceu em Tobolsk, na Sibéria, Rússia, em 1834. Foi o décimo quarto e último filho de um professor de literatura russa e de uma dona de uma fábrica de vidros. Desde cedo, na escola, se interessou por ciências, história e matemática, e tinha aversão por línguas antigas e teologia. Sua mãe, Maria, teve grande influência em sua educação. Como a família morava perto da fábrica de vidro onde ela trabalhava, Dmitri aprendeu a gostar de temas relacionados à indústria. No início da adolescência, o pai dele morreu num incêndio que destruiu a fábrica de vidro, deixando a família numa pobreza extrema. Mas sua mãe não desistiu da educação de sua educação e levou-o a São Petersburgo para estudar. Lá ele ingressou aos 16 anos no Instituto Pedagógico Central, onde teve professores que despertaram seu interesse por experiências, classificação de animais, análises químicas e educação. Acabou-se formando em 1855 com um desempenho brilhante. Aos 20 anos, escreveu seu primeiro artigo científico e, um ano depois, recebeu do Instituto o prêmio ‘estudante do ano’.

Mas Mendeleev tinha um forte temperamento e acabou-se desentendendo com um importante funcionário do Ministério da Educação, que o nomeou professor de um colégio na península de Crimeia, fechado por causa da guerra que acontecia lá. Dois meses depois, como não conseguiu trabalhar, Mendeleev foi para Odessa dar aulas em um liceu. Durante esse período, pesquisou as relações entre as formas dos cristais e a composição química das substâncias. Em Odessa, preparou sua dissertação de mestrado, em que discorria sobre as propriedades químicas e cristalográficas das substâncias e a relação com seus volumes específicos. Acabou defendendo seu trabalho em setembro de 1856 na Universidade de São Petersburgo. No mês seguinte, apresentou uma tese para obter o cargo de livre-docente da universidade. E já em 1857 começou a dar aulas de química.

Após passar pela Universidade de Heidelberg, onde fez estudos sobre gases, entre 1859 e 1860, voltou para São Petersburgo. Em 1861, publicou seu primeiro livro, sobre espectroscopia.
Casou-se pela primeira vez em 1862 com Feozva Nikítichna Lescheva tendo três filhos, sendo que um deles morreu. Em 1871, se separaram. Casou-se pela segunda vez em 1882 com Ana Ivánovna Popova, 26 anos mais jovem e com a qual teve quatro filhos.

Em meados do século 19, vivia-se uma efervescência científica: foi lançada a teoria da célula, a lei da conservação de energia e a teoria da evolução. As novas ideias influenciaram assim Mendeleev.

Um momento decisivo na carreira de sua carreira ocorreu em 1867, quando foi nomeado para a cátedra de química da Universidade de São Petersburgo. Ele estava preparando as aulas para seus alunos e percebeu que não havia nenhum texto que pudesse lhes recomendar. Então, decidiu redigir o seu próprio livro. Eis então quando começa sua grande aventura para organizar os elementos químicos de acordo com suas propriedades.

Em 1858, o químico alemão August Kekulé havia observado que o carbono tende a se ligar a outros elementos em uma proporção de um para quatro. O metano, por exemplo, tem um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogênio.

Este conceito tornou-se conhecido como valência. Em 1864, o também químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos conhecidos organizados de acordo com sua valência. Essa tabela revelava que os elementos com propriedades semelhantes frequentemente partilhavam a mesma valência.

A partir desses dados, Mendeleev seguiu um plano básico para seu livro, listando, em primeiro lugar, os elementos típicos – hidrogênio (valência 1), oxigênio (valência 2), nitrogênio (valência 3) e carbono (valência 4) – seguidos na mesma ordem pelos halogênios (como flúor, cromo e bromo) e metais alcalinos (como lítio, sódio e potássio). Mas logo percebeu que deveria ordenar esses elementos segundo outra variável: seu peso atômico. Essa foi a feliz e extraordinária ideia que Mendeleev teve.

Como divertimento, ele adorava fazer jogos de paciência e decidiu então organizar os elementos como um ‘jogo de paciência químico’: criou uma carta para cada um dos 63 elementos químicos conhecidos até então, escrevendo seus símbolos, nomes e respectivos pesos atômicos. Colocando as cartas numa mesa, organizou-as em ordem crescente de pesos atômicos, agrupando-os em elementos de propriedades semelhantes. Mendeleev tinha acabado de formar a tabela periódica.

O livro que reunia essa nova classificação foi chamado por Mendeleev de “Princípios da química“ e a primeira versão foi publicada em 1869.

Em 1869, ele apresentou à comunidade científica a sua lei periódica dos elementos. Ele teve que reconsiderar o valor de alguns pesos atômicos para enquadrá-los em sua tabela. A necessidade de estabelecer pesos atômicos corretos o levou a investigar as conexões entre os elementos. Ele propôs, por exemplo, a mudança do peso antes aceito para o berílio (de 14 para 9,4). Assim, ele conseguiu determinar o lugar correto do berílio em seu sistema de elementos. Mendeleev estava tão seguro da validade de sua classificação que deixou posições vazias na sua tabela para elementos que eram desconhecidos. E predisse, com uma precisão surpreendente, as propriedades desses elementos quando eles viessem a ser descobertos. Para isso, utilizou como base as propriedades dos elementos vizinhos. Assim, ele determinou o lugar preciso de três novos elementos que batizou de eka-alumínio, eka-silício e eka-zircônio. Lembremos que ‘eka’ em sânscrito significa ‘um’ ou ‘primeiro’.

Além disso, descobriu espaços vazios em três pontos: entre o hidrogênio e o lítio, entre o flúor e o sódio e entre o cloro e o potássio. Ele também previu que essas lacunas seriam preenchidas por elementos ainda desconhecidos, mas com os pesos atômicos de aproximadamente 2, 20 e 36. Hoje, nós sabemos que esses valores se referem ao hélio, neônio e argônio.

Mendeleev se dedicou durante 15 anos aos estudos que o levaram a propor a lei periódica, mas ele conseguiu formulá-la em apenas um dia. Em seguida à apresentação da lei, ele propôs um trabalho em que muitos elementos, como o telúrio e o chumbo, tiveram que ser reposicionados na tabela.

Mais tarde, descreveu vários grupos de elementos com o objetivo de incluí-los em seu livro e fez com eles uma extensa pesquisa experimental. Examinou o molibidênio, o tungstênio, o titânio, o urânio e os metais raros. E corrigiu ainda o peso atômico do cério: 138 em vez do 92 previamente aceito. Ele previu ainda que o eka-alumínio seria descoberto com métodos espectroscópicos.

Dois anos depois da descoberta da lei, Mendeleev a chamou pela primeira vez de ‘periódica’. Ainda em 1871, publicou “A regularidade periódica dos elementos químicos’, que ele mesmo considerou mais tarde como “o melhor resumo das minhas opiniões e ideias sobre a periodicidade dos elementos”. A recepção da lei periódica no meio científico não foi das melhores.

A lei periódica teve no início poucos defensores, mesmo entre os químicos russos. Começou então para Mendeleev uma longa e árdua batalha. Entre os oponentes mais fortes na Alemanha e na Inglaterra, estavam os químicos experimentais, que não reconheciam o valor do pensamento teórico. Alguns atacaram a generalidade da lei periódica; outros refutavam as correções dos pesos atômicos propostas por Mendeleev. Além das críticas, outros químicos, como o alemão Julius Lothar Meyer, disputaram com ele a primazia da lei. Mendeleev respondia a todos com a publicação de artigos.

Entre 1871 e 1874, muitos químicos passaram a aceitar os pesos atômicos corrigidos para diversos elementos. Mas por um bom tempo a maioria dos cientistas não aceitou o que ele defendia.

A descoberta dos três elementos previstos por Mendeleev foi decisiva para a aceitação da lei periódica. Em 1875, o químico francês Paul Emile Lecoq de Boisbaudran, que usava métodos espectroscópicos e não conhecia o trabalho de Mendeleev, descobriu um novo metal, que chamou de gálio. As propriedades desse elemento coincidiam com a previsão do eka-alumínio feita por Mendeleev. Ao saber disso, este insistiu na equivalência do gálio e do eka-alumínio. Lecoq de Boisbaudran confirmou a previsão do químico russo e a lei periódica foi considerada provada. Desde então, o trabalho de Mendeleev tornou-se mais conhecido.

Em 1879, o químico sueco Lars Fredrik Nilson conseguiu isolar um óxido a partir de minerais raros. Posteriormente verificou-se que esse óxido era do escândio, elemento que Mendeleev havia chamado de eka-boro. Em 1886, o químico alemão Clemens Winkler identificou um novo elemento, o germânio, que também havia sido previsto por Mendeleev como eka-silício. Não restavam dúvidas de que a lei periódica de Mendeleev estava correta.

O último elemento de ocorrência natural a ser descoberto foi o frâncio (referido por Mendeleev como eka-césio) em 1939. A tabela periódica também cresceu com a adição de elementos sintéticos e transurânicos. O primeiro elemento transurânico a ser descoberto foi o netúnio, que foi formado pelo bombardeamento de urânio com nêutrons num ciclotron em 1939.

Mendeleev não se dedicou exclusivamente à tabela periódica. Ele estudou a temperatura crítica dos gases, pesquisou a expansão de líquidos e sugeriu a origem inorgânica do petróleo.
Seu trabalho foi audacioso e um exemplo extraordinário de intuição científica. De todos os trabalhos apresentados que tiveram influência na tabela periódica, o de Mendeleev teve maior perspicácia.

Ele viajou por toda a Europa visitando vários cientistas. Em 1902 foi a Paris e esteve no laboratório do casal Pierre e Marie Curie. Assim como seu pai, ele sofria de catarata, e morreu em 1907 praticamente cego. Em 1955, o elemento de número atômico 101 da tabela periódica recebeu o nome mendelévio em sua homenagem.

saiba mais Veja mais detalhes sobre a vida do cientista Dmitri Mendeleev

 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Química Ambiental 

O embranquecimento de corais é um problema químico e ambiental.
O embranquecimento de corais é um problema químico e ambiental.

A Química Ambiental estuda os processos químicos que acontecem na natureza, sejam eles naturais ou causados pelo homem, e que comprometem não só a saúde humana, mas de todo planeta.

A Química Ambiental teve sua origem na Química Clássica e se tornou uma ciência interdisciplinar por envolver outras matérias como: Biologia, Ecologia, Geologia.
Essa parte da química estuda as mudanças que ocorrem no meio ambiente, mais precisamente, os processos químicos que envolvem essas mudanças e que causam sérios danos à humanidade.

 
Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
 

 

Gases do efeito estufa


Como surgiu o chamado efeito estufa? Este grave problema ambiental é uma resposta ao aumento do índice de gás carbônico (CO2) lançado na atmosfera. Este poluente é um subproduto da queima incompleta de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc.).

Por que este indesejado efeito se agravou ao longo dos anos? A única maneira de retirar este gás nocivo de nosso meio é através da
fotossíntese, e como nas últimas décadas a devastação das florestas se intensificou, o nível de CO2 só tende a aumentar daqui para frente.

Como se não bastasse o corte ilegal de árvores, surge outro agravante do problema, as queimadas. A queima de extensas áreas verdes lança no ar mais gases causadores do efeito estufa, esta ação é responsável pelo acréscimo de 30 % da quantidade de CO
2 na atmosfera.

E por que a presença de CO
2 faz aumentar a temperatura do planeta? Observe a ilustração abaixo:

A Terra recebe todos os dias a radiação (energia) proveniente do Sol. Parte dessa energia é absorvida pela superfície terrestre e outra parte é refletida na forma de radiação infravermelha. As camadas de gás poluente (CO2) acumuladas formam uma espécie de barreira e, com isso, parte da radiação infravermelha volta para a superfície, causando o aumento da temperatura na Terra.

Pela ilustração podemos acompanhar que, se não houvesse a presença da camada de gases, a radiação infravermelha poderia escapar livremente para o topo da atmosfera (indicado pela seta – cor rosa). Com isso, somente a energia desejável e suficiente para nos aquecer seria absorvida pela superfície. A forte incidência de radiação faz com que a temperatura do planeta se eleve gradativamente a cada ano, é uma verdadeira sensação de estar em “estufas
aquecidas”.

 Líria Alves

Graduada em Química
Equipe Brasil Escola

Veja mais!
Usinas nucleares no combate ao efeito estufa

quinta-feira, 15 de março de 2012

Jovens Talentos para a Ciência abre seleção para alunos do Superior 

Os estudantes ingressantes de qualquer curso superior do IFPB podem se inscrever para concorrer a uma bolsa do Programa Jovens Talentos para a Ciência. A iniciativa foi recém-lançada pelo Governo Federal e pretende incentivar a iniciação científica nos novatos do Ensino Superior. O responsável no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba é o diretor de Pesquisa, Aleksandro Guedes de Lima. Ele informou que os estudantes ingressantes devem procurar a coordenação de seu curso para efetuar a inscrição.
Os coordenadores estão sendo cadastrados pelo diretor para poder ter acesso ao sistema da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) relativo ao Programa Jovens Talentos para a Ciência. Além da Capes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é quem está à frente do programa, voltado para os Institutos e as Universidades Federais.
Segundo Aleksandro Guedes de Lima, da Pró-reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (PRPIPG) do IFPB, podem se inscrever estudantes de qualquer curso superior, seja tecnológico, bacharelado ou licenciatura. Mas, conforme o documento da Capes, é preciso ser ingressante no curso superior nesse ano. A inscrição deve ser feita até 23 de março. Os inscritos farão uma prova de múltipla escolha, sobre conhecimentos gerais, no dia 29 de abril. “Todos os estudantes deverão vir para a Capital do estado para fazer a prova”, adiantou o professor Aleksandro.
As primeiras bolsas serão implantadas em agosto e terão duração de 12 meses. O valor é de R$ 360 e a previsão da Capes e do CNPq é que 6.000 bolsas serão implantadas esse ano, com investimento de R$ 30 milhões do Governo Federal. A nota da prova de seleção do teste pode ser utilizada para futuras classificações no Programa Ciência sem Fronteiras, intercâmbio internacional criado nesse ano.
Segundo Aleksandro, não é possível precisar quantas bolsas serão destinadas ao IFPB porque um dos critérios dos órgãos de fomento é que a quantidade seja proporcional ao número de inscritos. “Por isso, esperamos ter muitas inscrições para termos direito a mais bolsas para nossos alunos”, frisou o docente.
O presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, destacou que o objetivo do Programa é inserir precocemente os estudantes no meio científico, com base na valorização que instituições estrangeiras concedem a seus alunos, o que foi verificado a partir das visitas por conta do Ciência sem Fronteiras.
Em suas declarações, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, ressalta que o estudante bolsista precisa desenvolver um padrão de excelência para continuar no Programa Jovens Talentos para a Ciência, se engajando em atividades de pesquisa, seminários, com desempenho acadêmico relevante nas notas do curso. Mais informações sobre o programa, nos sites www.capes.gov.br ou www.cnpq.br

Texto: Ana Carolina Abiahy – jornalista do IFPB (também com dados da Capes)
Imagem: Portal da Capes